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Café, Canela & Chocolate

O site da autora Sofia Serrano. Conversas de uma mãe, que é médica Ginecologista/Obstetra e adora escrever. Com sabor a chocolate.

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Levar ou não epidural, eis a questão

Avatar do autor , 29.08.16

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 Para podermos escolher (e bem!), o melhor é estarmos informados.

Saber o que é a epidural é fundamental para decidirmos se queremos ou não este método para diminuir a dor no trabalho de parto.

 

O que é?

A anestesia epidural é o método mais utilizado no trabalho de parto para reduzir a dor. Este tipo de anestesia regional (só bloqueia a dor numa determinada região do corpo) ajuda a reduzir o desconforto causado pelas dores, é a mais segura para a mãe e para o bebé e permite à grávida ser uma participante ativa em todo o processo.

 

Quando é que se pode levar a epidural?

Geralmente, a epidural é administrada quando se está na fase ativa do trabalho de parto, com mais de 3 cm de dilatação e contrações regulares. É necessário que a grávida se sente ou se deite de lado e arqueia as costas, para que se possa realizar o procedimento – é necessário colocar um cateter numa determinada zona da coluna lombar, por onde vai entrar o anestésico.

Quando a epidural começa a fazer efeito, o que ocorre de forma progressiva e de baixo para cima, a grávida começa a sentir calor, a sensação de peso nas pernas e de formigueiro.

Podem existir efeitos secundários, como a baixa da pressão arterial da mãe, e consequente bradicardia fetal, que pode ser prevenida na maioria dos casos com a administração de soro.

 

Quando é que não se pode fazer uma epidural?

  • Se a grávida está a fazer um anticoagulante
  • Se a grávida tem um nível baixo de plaquetas no sangue
  • Se a grávida tem uma infeção nas costas
  • Se a grávida tem uma infeção no sangue
  • Se não é possível ao anestesista localizar o espaço epidural
  • Se o trabalho de parto está a decorrer muito rapidamente e não há tempo para a anestesia

 

E quem tem tatuagens nas costas, pode fazer epidural?

 

Se a tatuagem se encontrar exatamente no local onde é suposto a agulha epidural entrar, existe o risco de arrastar o pigmento da tatuagem, que pode conter produtos tóxicos, para o Sistema Nervoso Central. No entanto, cada caso deve ser avaliado isoladamente, pois pode haver alguma alternativa.

O ideal é mostrar a tatuagem a um anestesista ou ao médico que a está a seguir (que em caso de dúvida a encaminhará para um anestesista), durante a gravidez para não ter surpresas no parto.

 

 E depois, o que acontece?

Nalguns casos, depois da epidural, a grávida consegue andar, dependendo da combinação de medicamentos administrados –a chamada “walking epidural”. No entanto, na grande maioria das vezes, as grávidas permanecem deitadas, pois estão ligadas ao CTG e com soros...

Na altura do parto, pode ser necessário seguir as indicações do médico ou parteiro/a acerca de quando fazer força, visto que não se sentem as contrações que se sentiriam sem este método. Há também um prolongar da segunda fase do trabalho de parto.

Quando o bebé nasce, o cateter da epidural é retirado. Os efeitos da anestesia permanecem durante uma a duas horas e pode verificar-se dormência nos membros inferiores.

 

Há complicações?

As complicações mais frequentes são as dores de cabeça, que começam algumas horas após o parto e ocorrem em cerca de 1% das mulheres (relacionadas com uma punção acidental da dura mater durante o procedimento, com saída de líquido cefalo-raquidiano). Outras complicações, como as lesões neurológicas são muito raras.

 

A decisão de escolher uma anestesia epidural é da grávida, com o aconselhamento do seu médico. Depois, o anestesiologista decidirá se é o procedimento adequado, e se tudo estiver ok, fará a epidural.

 

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