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Café, Canela & Chocolate

O site da autora Sofia Serrano. Conversas de uma mãe, que é médica Ginecologista/Obstetra e adora escrever. Com sabor a chocolate.

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O site da autora Sofia Serrano. Conversas de uma mãe, que é médica Ginecologista/Obstetra e adora escrever. Com sabor a chocolate.

Desafio: Bloggers e Gravidez II

Avatar do autor , 20.03.13

Hoje continuamos o Desafio lançado às bloggers: 10 perguntas sobre gravidez, parto e puerpério.

Porque as gravidezes são todas diferentes, o Café, Canela & Chocolate desafiou a Sofia Entre Biberons e Batons,  a ML das Maravilhas da Maternidade e a Sofia do A Vida a 4D a responderem a questões sobre este tema.
E ainda mais bloggers se seguirão neste desafio!




1- Gravidez normal ou de risco?

Sofia, Entre Biberons e Batons - Foi metade metade. A minha gravidez não foi propriamente serena. Tive uma ameaça de aborto às 8 semanas e voltei a ter outra no início do segundo trimestre. Apesar de nas duas semanas seguintes a estes episódios ter ficado obrigada a repouso absoluto, trabalhei até as 32 semanas; altura em que fui fazer a última ecografia e me foi dito que o bebé já estava encaixadíssimo para sair e que ao mínimo esforço que fizesse poderia entrar em trabalho de parto. E pronto, lá tive eu de ficar em casa. O Gonçalo nasceu no 1º dia da 37ª semana!
ML,As Maravilhas da Maternidade A primeira foi normal, normalíssima! Esta, até agora também, mas eu estou a pedi-las... Tenho de me preservar... já!
Sofia, A Vida a 4D - Todas normais.


2-Gravidez passada a trabalhar ou de repouso?


Sofia, Entre Biberons e Batons -Respondi na resposta anterior :)
ML,As Maravilhas da Maternidade Na do Pedro, trabalhei até os 10 últimos dias de gravidez, nessa altura, o meu corpo gritou basta e não saí mais do sofá. Nesta, até agora, a trabalhar demais!
Sofia, A Vida a 4D - Sempre a trabalhar, até quase à hora do parto.



3- Diga um alimento que deixou de conseguir comer durante a gravidez e um que se tornou mais apetecido.


Sofia, Entre Biberons e Batons - Não houve nada que não conseguisse comer. Em contrapartida, eu, que não gosto de kiwis, volta que não volta apetecia-me comer kiwis. Só durou o tempo da gravidez. Agora não como outra vez.
ML,As Maravilhas da Maternidade Em ambas, muita necessidade de alimentos apetitosos mas frescos, sumarentos, frios. E em pequenas quantidades. E doces ou salgados. Adorei laranjas e não sou habitualmente a maior fã. Mas nesta gravidez, ainda estamos com o estômago às voltas, não está fácil...
Sofia, A Vida a 4D -  Não sei, já foram 4! Lembro-me de achar imensa piada por ter começado a adorar sopa, enquanto algumas mães falavam nos "éclairs" não sei de onde eu sonhava com um belo prato de sopa. Não suportava o cheiro do feijão frade, por exemplo. De resto, o chocolate tornou-se ainda mais apetecível.


4- Fez exercício durante a gravidez? Que tipo?

Sofia, Entre Biberons e Batons - Faço exercício há mais de 10 anos, mas, como tive as ameaças de aborto, fui expressamente proibida de fazer o que quer que fosse! Nem pilates! Custou-me muito!
ML,As Maravilhas da Maternidade Andar a correr de um lado para o outro conta? E levantamento de filho de 15 kg, conta?
Sofia, A Vida a 4D -  Das duas primeiras nada. Na terceira tentei continuar com o yoga que já fazia, mas não me sentia confortável e deixei logo muito no início. Na quarta, resolvi mimar-me e mimar mais o bebé e desencantei tempo para fazer natação e yoga para grávidas.


5- A gravidez fez com que mudasse hábitos do dia-a-dia?

Sofia, Entre Biberons e Batons - Só na medida em que não podia fazer desporto e, a partir de dada altura, também não podia trabalhar. Para quem, como eu, gosta de estar com outras pessoas, de falar, de conviver, não foi fácil. Mas só queria que ele nascesse bem. 
ML,As Maravilhas da Maternidade Infelizmente, não. Continuo a dormir pouco e a comer com boas intenções, mas nem sempre os melhores cuidados...
Sofia, A Vida a 4D -  Hummmm. Ir mais vezes à toillette?? Sim, a ter um ritmo mais próprio. E na última a cuidar mais de mim.

6 - Qual foi a coisa que mais gostou da gravidez?

Sofia, Entre Biberons e Batons - De o sentir mexer. De sentir que estava a vivenciar o maior milagre da vida. Pode parecer cliché, mas de coração que me sentia abençoada por estar grávida.
ML,As Maravilhas da Maternidade Sentir o bebé mexer dentro de mim. É único, nunca o tinha sentido, nunca o voltarei a sentir. É único.
Sofia, A Vida a 4D -  De me sentir bonita, de ver a barriga a crescer, de sentir o bebé mexer, de me maravilhar com o milagre da vida e de ser mais mimada por todos.


7- Como foi o parto? Se pudesse escolher o tipo de parto, o que teria escolhido?

Sofia, Entre Biberons e Batons - Para compensar a gravidez um tanto ou quanto atribulada, tive um parto santo. Foi parto normal, com epidural, mas foi super rápido e indolor. Costumo dizer que o dia em que o meu filho nasceu foi o dia mais feliz da minha vida, porque superou todas as minhas expectativas. Não houve NADA que e dissesse, "se não fosse isto…". Foi tudo perfeito! Desde a minha entrada no hospital (só fui lá para uma consulta de rotina), até ao momento em que mo puseram nos braços. Não podia ter corrido melhor :)
ML,As Maravilhas da Maternidade O parto do Pedro foi perfeito, não escolheria melhor: rebentamento de membranas que acabou com dores terríveis de costas, dilatação durante a noite com epidural 5*****, fase expulsiva de um minuto, bebé lindo a mamar cinco minutos depois. Foi perfeito, espero que volte a ter a mesma sorte desta vez, menos as dores dos últimos dias de gravidez...
Sofia, A Vida a 4D -  3 partos normais e sem epidural, muito dolorosos. E isto porque se descobriu que fazia alergia à epidural e sou a rainha dos choques alérgicos estranhos. Mas à 4º, farta de sofrer horrores, a médica teve pena e resolveu fazer um estudo completo. Acabei por levar a epidural, mais monitorizada e retirando alguns componentes, e foi o melhor parto de sempre. Tive dores, mas dores suportáveis, que me deixaram usufruir e maravilhar-me com o momento. Portanto, para mim, parto normal com epidural, porque sofrer tanto por amor não faz aqui sentido.


8- Era capaz de ter um parto em casa?

Sofia, Entre Biberons e Batons - Não creio. Sou demasiado stressada para pôr em cima da mesa uma hipótese que, na minha cabeça, representa alguns riscos (mas admito que nunca me dei ao trabalho de investigar sobre este assunto, uma vez que nunca considerei ter o meu filho em casa).
ML,As Maravilhas da Maternidade Não. Não seria capaz de pôr a minha vida e a do meu filho em risco por um capricho dos tempos moderninhos.
Sofia, A Vida a 4D -  Em princípio não. Acho muito bonito, mas muito arriscado. Inclusivamente, muitas vezes as mulheres que são seguidas em clínicas privadas preferem ir ter os seus bebés em maternidades públicas, porque estão muito mais bem preparadas se alguma coisa não correr bem. Então, em casa ainda é tudo mais complicado. Acho bonito, mas não, não o faria, dados os riscos para mim e sobretudo para o bebé. Antigamente era assim e voltar aos old days pode ser muito interessante, mas não em tudo. A taxa de mortalidade neonatal era muito maior e disso não se fala.


9- Gravidez ou puerpério - o que é melhor?

Sofia, Entre Biberons e Batons - Ui… essa é difícil! A gravidez tem aquela magia de sermos nós e o nosso filho num só mas, mesmo assim, escolho o puerpério. É que quando eles nascem fica tudo ainda mais mágico. Começa tudo ali, quando os põem nos nossos braços. Ali sim, começa a grande aventura que é ter um filho! Mas não nos iludamos. Ninguém nos prepara para o que se segue. Nem livros, nem partilhas de experiências… o que se sente é tão incrivelmente poderoso e avassalador, que não há palavras capazes de descrever tamanho sentimento. Por outro lado, lidar com as hormonas todas baralhadas e, ao mesmo tempo, cuidar de uma "criatura" que depende 100% de nós (exigindo que nos esqueçamos que por dentro estamos todas trocadas e que punhamos a capa de super-mulher) não é pêra doce!
ML,As Maravilhas da Maternidade Ambos são bons, ambos são menos bons. O que uma mãe sofre com as cicatrizes várias do parto, seja que modalidade for, não está suficientemente divulgado, eu passei-me completamente e o meu puerpério correu muito bem!
Sofia, A Vida a 4D -  Ohhhh, são coisas diferentes que se complementam. Um não existe sem o outro (mesmo no caso das adopções o momento que antecede a vinda do bebé/criança para casa é sentida por muitos mães e pais como uma preparação, quase como se de uma gravidez se tratasse). O mais engraçado é que quando estava grávida queria que nascesse rapidamente para perceber se estava tudo bem com eles, para lhes ver a cara, para os abraçar. Depois de nascerem só queria que voltassem lá para dentro, porque era aí que mais os conseguia proteger. Curiosas estas nossas dualidades!


10- Amamentou? Porquê?

Sofia, Entre Biberons e Batons - Amamentei até aos 2 meses e meio em exclusivo e depois cerca de mais meio mês, complementando a mamada com suplemento. A amamentação, no meu caso, correu muito mal. Logo na maternidade disseram-me que eu tinha os mamilos invertidos e aconselharam-me a comprar mamilos de silicone. Assim o fiz, mas o meu filhote nunca se adaptou muito "àquilo". Depressa as hora de amamentar passaram de um momento mágico para um momento de martírio. O Gonçalo demorava 1h30m a mamar, mamava de 3 em 3 horas e é fácil calcular que, com este ritmo, depressa comecei a ficar exausta e calculo que ele também. Adorava ter podido amamentar, em exclusivo, pelo menos até aos 6 meses (altura em que ele foi para a escolinha). Sou a favor da amamentação, mas sou totalmente contra todas as pressões sociais, e até dos profissionais de saúde, que se faz neste sentido. É que estas pressões podem levar a situações de desgaste emocional da mãe, o que acredito não trazer nada de bom para ninguém; nem à mãe, nem ao bebé.
ML,As Maravilhas da Maternidade Sim. Correu bem desde o início, para mim e para o Pedro, foi barato, foi simples, foi o mais saudável para ambos. Foi bom e também acabou serenamente. Gostei muito de amamentar, sem dramas, sem floreados, sem culpas.
Sofia, A Vida a 4D - Amamentei. Porque sim. por tudo o que já se sabe. Sou a favor, completamente. desde que isso também não seja uma fonte de stress para a mãe. Muitas pessoas defendem que as mães têm de fazer sacrifícios pelos filhos. E eu concordo, até certo ponto. Se a mãe não estiver bem, o bebé não vai estar bem. Mais do que a favor do bebé, só a favor das famílias e dos laços que se criam. Que podem passar ou não por aqui.

Obrigada por terem aceite o desafio!
Podem ler a parte I e a parte III do Desafio aqui e aqui
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